Este último ponto é de total relevância, porque é aí que reside o desenvolvimento econômico nacional, disse o também vice-primeiro-ministro numa entrevista ao jornal Granma.
Além disso, ele insistiu em fortalecer a empresa estatal e aumentar o comércio varejista (fornecimento de bens e serviços à população).
Para isso, destacou, é preciso incentivar os vínculos produtivos da indústria nacional com os exportadores, reduzir o componente importado da atividade turística e ampliar os vínculos com a Zona de Desenvolvimento Econômico de Mariel, localizada na zona oeste do país.
Gil pediu para transformar o funcionamento da empresa estatal em busca de maior autonomia de gestão, «apesar das restrições que ainda persistem na ordem financeira e material».
Como ele explicou recentemente perante o parlamento nacional, o ministro disse que a economia cubana crescerá cerca de 0,5% em 2019 e 1% este ano.
«Estamos falando de um leve crescimento, que ainda não teve impacto na qualidade de vida, mas reiteramos que o que é realmente significativo não está tendo diminuído», disse ele.
A este respeito, denunciou a escalada agressiva dos Estados Unidos, que desde Abril tentou evitar a chegada de combustível à ilha, situação que, detalhou ele, obrigou a ajustamentos nas estratégias de curto prazo da economia nacional e a um redesenho dos recursos do plano.
O oficial listou outras medidas adotadas em 2019 pela Casa Branca, como a ativação do Título III da Lei Helms-Burton, que impactou o turismo e o investimento estrangeiro; a proibição de viagens de cruzeiros para a ilha e restrições aos voos para o país.
As autoridades norte-americanas insistem que o bloqueio não é dirigido ao povo cubano, mas que é afetado, se não ao povo, pelas limitações de transporte público, eletricidade, produção de alimentos…», disse ele.
Sobre o processo de unificação monetária, ele reiterou que ele está «em estágio avançado de estudo e aprovação, e a integralidade do processo e sua complexidade está confirmada».
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