Caracas, 23 de janeiro (Prensa Latina) O Encontro Mundial contra o Imperialismo permitirá a construção de uma plataforma unitária de luta para exigir respeito pelo princípio da autodeterminação do povo, disse hoje o delegado venezuelano Julio Chávez.
Em declarações à Prensa Latina, o membro da Direção Nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela disse que o evento também é propício a reivindicar respeito pelo direito internacional, bem como pelo princípio de não interferência nos assuntos internos dos estados.
Do Hotel Alba Caracas, Chávez explicou que os participantes nacionais e internacionais da reunião estão trabalhando para chegar a acordo sobre um mecanismo de articulação e integração para construir um sistema de mídia alternativo que possa enfrentar com sucesso a campanha da mídia global.
Também disse que através de propostas concretas, surgidas nas mesas técnicas, serão criadas instâncias de intercâmbio entre partidos políticos e movimentos sociais do mundo, que permitirão a consolidação de uma poderosa plataforma anti-imperialista para conter a ofensiva neoliberal no continente.
Chávez enfatizou a necessidade dos povos se colocarem na vanguarda da luta anti-imperialista neste 2020, ano que descreveu como uma transição entre a hegemonia unipolar dos Estados Unidos – que tende a desmoronar e o surgimento da multipolaridade, Projetado por países como China, Rússia, Vietnã, Venezuela, Cuba e outros.
Nesse sentido, ele pediu para enfrentar de maneira global as reivindicações do império norte-americano e europeu de se tornarem donos do mundo.
O constituinte venezuelano disse que a participação da delegação internacional no evento foi precedida por uma forte campanha de pressão, perseguição financeira e bloqueio.
Ressaltou, porém, que ter representantes de mais de 50 países nos cinco continentes demonstra a capacidade da Venezuela de se reunir, bem como o reconhecimento dos povos do mundo à resistência, heroísmo e grandeza do povo da nação bolivariana.
«Hoje estamos em excelentes condições para acompanhar Cuba, Nicarágua, Rússia, China e outros povos que no mundo levantam a bandeira anti-imperialista», afirmou.
Inaugurado no dia anterior, o Encontro Mundial contra o Imperialismo «Pela vida, soberania e paz» se reúne até amanhã nesta cidade, como continuação do XXV Encontro do Fórum de São Paulo, realizado em julho de 2019.
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