Em reação a esses ataques, o tráfego de pessoas, carros e bicicletas foi proibido neste domingo pelo executivo-chefe da Esplanada dos Ministérios, uma ampla avenida no centro desta capital, onde estão concentrados todos os edifícios do poder público.
Segundo a emissora de televisão, o decreto não impede que as concentrações sejam registradas anteriormente, mas nenhum manifestante poderá circular na Esplanada.
A proibição se aplica apenas a este domingo, que abre a discussão sobre qual será o comportamento do governo do DF no próximo fim de semana, quando novos protestos são esperados, tanto a favor quanto contra o governo federal.
Com essa decisão, o DF Executive inaugura um tom mais imponente contra os protestos no centro de Brasília.
«O decreto veio devido a ameaças ao governador Ibaneis Rocha e também à pandemia. Nosso objetivo é garantir lei e ordem, sem confusão, conflito ou reuniões (em grupo)», disse Anderson Torres, secretário de segurança pública do DF, quem monitora o movimento das pessoas.
A CNN garantiu que até então o governo do DF havia ignorado as multidões e a falta de máscaras protetoras durante os protestos, em meio à pandemia de Covid-19.
Neste domingo, pouco mais de 200 apoiadores de Bolsonaro se manifestaram em frente à sede do Comando Geral do Exército, em Brasília, para pedir «uma intervenção militar». Os reclamantes carregavam cartazes com frases como «Forças Armadas SOS» e «Intervenção militar com Bolsonaro no poder».
Na maioria desses atos, descritos como antidemocráticos pela oposição, é exigido o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Ao contrário dessas ações, as páginas das frentes Brasil Popular e Pueblo sin Miedo na rede social Facebook transmitiram ontem um debate com o tópico #ForaBolsonaro.
Essa discussão, entre líderes de movimentos sociais e populares, será a base da pressão social pela remoção do ex-presidente militar.
jha / ocs