As partes deram início há poucas horas ao estudo clínico de uma injeção de tipo inativa obtida pelo Grupo Nacional Farmacêutico (Sinopharm).
Essas investigações se realizarão nos EAU e será a primeira vez que um produto chinês é testado no exterior.
A empresa baseada em Abu Dhabi Group 42 trabalhará com a China nesta etapa e ofereceu serviços de inteligência artificial.
A Sinopharm dá este passo depois de anunciar na semana passada que seu preparado se converteu no «primeiro candidato no mundo que demonstrou imunogenicidade favorável e segurança».
Segundo explicou, a vacina foi efetiva na estimulação do sistema imune durante a primeira e segunda etapa de ensaios, não apresentou efeitos adversos significativos, foi aplicada a 1.120 indivíduos saudáveis entre 18 e 59 anos de idade, e a taxa de seroconversão dos anticorpos neutralizadores atingiu 100%.
Os testes foram realizados com o método aleatório, duplo cego e controlado com placebo.
«Trata-se do estudo clínico mais integral e efetivo de uma vacina contra a Covid-19 e proporciona dados científicos para a prevenção e o controle epidêmico, e o uso de emergência na China», explicou a Sinopharm.
Além disso, foi oferecida há poucos dias a empregados de empresas estatais da China que trabalham no exterior.
Sua aplicação – explicou a firma em um comunicado – é completamente voluntária, com um consentimento assinado previamente, e a segunda dose é administrada entre 14 e 28 dias depois da primeira.
A nação asiática prevê que no outono esteja pronta para uso de emergência alguma das diferentes vacinas contra a Covid-19, que estão atualmente submetidas a ensaios clínicos.
Cinco delas foram desenvolvidas por empresas domésticas e a sexta é um projeto conjunto da firma chinesa Fosun com a alemã BioNTech e a estadunidense Pfizer.
Foi anunciado também que a inativada CoronaVac da farmacêutica Sinovac também é segura e eficaz contra a pneumonia fatal.
De acordo com o jornal Global Times, estados como Canadá, Brasil, Malásia e Reino Unido se mostraram dispostos a trabalhar com a China nas pesquisas de ditos fármacos, pois é necessário testá-los no estrangeiro devido à queda de casos de Covid-19 aqui.
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