«Nosso apoio à greve dos camaradas dos Correios é uma tarefa urgente, prioritária e indispensável para contribuir com as lutas da classe trabalhadora e também para fortalecer as lutas de todas as outras categorias neste momento de grave crise econômica e social», afirmou o Presidente da CUT, Sergio Nobre.
Ele ressaltou que a inação tem sido um sucesso. «Mais de 70% do setor aderiu à greve e está resistindo aos ataques da gerência para voltar ao trabalho», disse ele.
A Ministra Kátia Arruda do Tribunal Superior do Trabalho agendou uma audiência de conciliação sobre a greve para esta próxima semana.
A audiência será realizada por videoconferência e a participação será restrita aos representantes dos sindicatos de trabalhadores, da empresa e do Ministério Público do Trabalho.
Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos entraram em greve antes das discussões do novo acordo coletivo e nesta sexta-feira participarão de um evento nacional em defesa de seus direitos.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Afins, a greve generalizada começou em protesto contra a proposta de privatização da empresa estatal e a manutenção dos benefícios trabalhistas.
De acordo com a entidade, 70 cláusulas de direitos foram retiradas em relação ao acordo anterior, tais como questões relacionadas a riscos adicionais, licença-maternidade, benefício por morte e assistência à criança, entre outros benefícios.
Com cerca de 115.000 funcionários, a empresa pública federal é responsável pela implementação do sistema de despacho e entrega de correspondência no Brasil, bem como pela prestação de outros serviços de apoio ao governo (em todas as áreas) e à população.
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