Citando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o portal de notícias G1 indica que a floresta amazônica teve 26.656 focos detectados em setembro (entre 1º e 19).
Em menos de 20 dias, o número é 34% maior do que em todo o mês do ano passado: 19.925. A média para este período é de 32.812 focos de queimadas.
O Pantanal (centro-oeste do Brasil), um paraíso da biodiversidade, também apresenta um número recorde de deflagrações.
Somente no dia 19 de setembro, o bioma registra muito mais incêndios do que a média histórica total do mês: foram detectados 5.815 focos de calor e a média é de 1.944 em 30 dias.
Por isso, de acordo com o site de notícias, a fumaça segue para nações vizinhas e se espalha para o sul do Brasil. Parte do Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai estão cobertos pela nuvem cinza.
Os ventos também empurram a poluição para os estados do sul e sudeste do país.
Uma equipe de veterinários, biólogos e guias locais chegou no final de agosto para atravessar a acidentada estrada de terra conhecida como rota da Transpantaneira, na tentativa de salvar os animais feridos.
Eles relataram que as onças vagam pelo terreno carbonizado, famintas e sedentas, com as pernas queimadas e os pulmões enegrecidos pela fumaça.
Segundo biólogos, os incêndios ameaçam o Pantanal, um dos ecossistemas com maior biodiversidade do planeta.
Eles alertaram que o local abriga cerca de 1.200 espécies de animais vertebrados, incluindo 36 em perigo de extinção.
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