Para o grito de Fora Bolsonaro (Fuera Bolsonaro), nas cidades do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraná, os manifestantes subiram aos terraços dos edifícios na noite passada ou olharam pelas janelas para ritmo de bater em potes para pedir a renúncia do líder de extrema direita.
Chamado pelas redes sociais, o #PanelaçoDeAniversArio foi o tópico mais comentado no Twitter e o quinto realizado nos últimos dias.
Com muita força no Distrito Federal, os reclamantes pegaram panelas e pediram sua demissão na área do Plano Piloto e em outras regiões administrativas, como Águas Claras.
Em algumas cidades, como Belo Horizonte, além dos slogans, imagens e mensagens foram projetadas nos prédios para criticar a administração do chefe de Estado e solicitar que ele entregasse o poder.
As reações da população são uma resposta à posição do ex-capitão do Exército diante da crise do coronavírus.
Em primeiro lugar, os cacerolazos açoitam Bolsonaro por participar no dia 15 de março, quando ele colocava o vírus em quarentena, um ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal sem máscara, cumprimentando seus seguidores com apertos de mão e tirando fotos.
Da mesma forma, enquanto o departamento de saúde do governo anuncia ações diárias e avisos sobre a propagação da doença no país, o presidente, em mais de uma ocasião, minimizou o problema.
Embora ele tenha reconhecido recentemente a gravidade do Covid-19, ele disse neste sábado que você não pode entrar em pânico, em uma mensagem no Twitter.
Para adicionar combustível ao incêndio, em seu aniversário, o presidente também organizou uma ‘festa tradicional’ no dia. Ele comemorou com sua esposa e duas filhas.
O evento ignorou as recomendações do Ministério da Saúde para evitar multidões e reduzir o contato social.
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