Inclusive no meio da pandemia, os sócios estadounidenses e seus aliados em nenhum momento suspendem suas tentativas de instigar o conflito e de manipular a situação para impor pontos de vista de como concebem o futuro, declarou o chanceler russo, Serguei Lavrov.
Durante uma videoconferência com seus colegas da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), Lavrov disse que o futuro previsto pelas potências ocidentais está baseado em uma ordem mundial com certas regras, que, como se sabe, são determinadas por elas mesmas, apontou.
Os Estados Unidos reforça a pressão sobre os países que levam a cabo uma política exterior independente, denunciou o chefe da diplomacia russa, em clara referência a países como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Irã ou Síria, contra os quais a Casa Branca aplica medidas punitivas.
Além disso, Washington critica a Organização Mundial de Saúde, afirmou o ministro, depois do presidente norte-americano Donald Trump ter anunciado a suspensão do pagamento de sua quota a essa entidade internacional, por ele acusada de cometer erros ao conter a Covid-19.
Ouvimos acusações sem fundamento contra a China e a Rússia, enquanto são ignorados os pedidos para que acabem as sanções unilaterais no período de luta contra a pandemia, pois essas medidas impedem o abastecimento humanitário básico de remédios, equipamentos e alimentos, afirmou.
A pandemia impõe novas condições ao sistema de relações internacionais, cuja força é agora colocada à prova, consideoru o chefe da diplomacia russa.
Para Lavrov, a propagação do coronavírus SARS CoV-2 se converteu em um desafio não só para os estados, cuja economia e esfera social registraram um efeito negativo, mas também para as entidades internacionais e processos de integração, incluindo o da OCS.
O ministro russo enfatizou que seu país continua com os chamados a procurar decisões coletivas. Esses esforços devem se basear nos princípios da universalidade, multipolaridade e devem levar em conta os interesses de cada estado, dimensionou.
A Covid-19 causou ao menos 285 mil mortes entre mais de quatro milhões de contágios em todo o mundo.
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