No concerto, os instrumentistas recriaram obras famosas de ícones do romantismo, como Ludwig Van Beethoven, protegidos por máscaras, segundo resenha do jornal Egypt Today.
Realizado ao ar livre nos arredores da Ópera do Cairo, berço por excelência das artes cênicas e da cultura na capital egípcia, a função ocorreu sob pautas estritas de distanciamento social.
Pela primeira vez, os integrantes da orquestra interpretaram melodias em público usando máscaras, devido à pandemia de Covid-19, que já causou mais de duas mil mortes no gigante árabe de 100 milhões de habitantes.
Desde que começou o surto, em meados de fevereiro, especialistas da área de saúde diagnosticaram 82 mil infecções pelo novo coronavírus, segundo relatórios oficiais.
Pouco depois do aparecimento dos primeiros casos, o governo decidiu suspender os voos internacionais e a atividade turística, bem como as aulas em todos os níveis de ensino.
Simultaneamente, implementou um toque de recolher noturno e ordenou o fechamento de instituições como museus, sítios arqueológicos, academias, cafeterias, restaurantes, cinemas, teatros e outros lugares de recreação.
Ao mesmo tempo, as abundantes mesquitas deste país do norte da África fecharam suas portas, assim como as igrejas.
Desde 1 de julho, o Egito reativa serviços e setores prejudicados pelas proibições iniciais.
O processo de reabertura inclui a retomada do tráfico aéreo internacional, do turismo para estrangeiros nas localidades com melhor situação epidemiológica, bem como a programação de uma série de funções artísticas sob normas de prevenção.
Da mesma forma, os templos islâmicos recebem novamente seus fiéis e um grupo de museus e sítios arqueológicos levantaram as proibições iniciais.
Dirigida originalmente por músicos europeus, a Sinfônica do Cairo homenageia peças reconhecidas do pentagrama mundial, seja do período barroco, clássico ou romântico.
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