De acordo com o Corpo de Bombeiros da área, a probabilidade de encontrar vítimas no local é alta.
No entanto, ainda não há informações sobre se os restos (tronco com crânio e arcada dentária) descobertos pertencem a uma das 11 vítimas que permanecem desaparecidas desde a tragédia.
Participaram da operação 59 militares e 128 máquinas. Os restos foram encontrados a três metros de profundidade em uma área chamada Esperanza II, a mais de dois quilômetros do local da ruptura.
No início do mês, as equipes localizaram um caminhão procurado pelos bombeiros desde o primeiro dia de rastreamento na área do rompimento da barragem.
Em março, a busca teve de ser interrompida por causa da pandemia Covid-19, após mais de um ano da maior operação de resgate da história do país.
Um último corpo encontrado durante a busca por bombeiros foi registrado em 22 de novembro de 2019.
Às 12h28 do dia 25 de janeiro de 2019 os diques de contenção da barragem do Córrego do Feijão cederam e foi lançada uma torrente de lama e resíduos de mineração (mais de 12 milhões de metros cúbicos) que devastou tudo o que encontrado em seu rastro.
O infortúnio do depósito da empresa Vale em Brumadinho é o primeiro de grandes proporções desde o acidente de 5 de novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 quilômetros do centro do concelho de Mariana, também nessa divisão territorial.
Naquele dia, a quebra do quebra-mar da empresa Samarco, da qual a Vale detém 50 por cento, causou a morte de 19 pessoas (18 corpos foram resgatados).
Porém, a catástrofe de Brumadinho é a sétima a lastimar Minas Gerais em apenas 14 anos, uma média de mais de uma pausa a cada dois anos (1,85). O rompimento do reservatório devastou uma área equivalente a 300 campos de futebol da cidade.
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