Em seu relatório semestral sobre as perspectivas econômicas, a OCDE mantém assim sua previsão dentro da margem estabelecida em um estudo publicado no primeiro semestre do ano, no qual anunciou uma contração entre 7,0 e 5,6 por cento.
Enquanto isso, até 2021 prevê um crescimento de 4,2% num processo de recuperação econômica gradual que continuará nos próximos dois anos, baseado no aumento do consumo doméstico e numa melhoria progressiva no mercado de trabalho, embora isso sempre dependa de como a pandemia Covid-19 se desenvolve.
O estudo da OCDE, que foi coberto por vários meios de comunicação locais, aponta que sob os efeitos da crise sanitária, o Chile sofreu este ano a pior retração econômica desde 1982, com uma taxa histórica de desemprego de 25 por cento.
Acrescenta que um décimo das empresas nesta fase recorreu a medidas de desemprego temporário que afetaram 17% de seus trabalhadores, e embora haja alguma melhoria no mercado de trabalho, setores como o turismo e a hospitalidade continuam muito deprimidos.
Segundo a OCDE, a recuperação será ajudada pelo aumento do consumo doméstico, que se contraiu em 7,7 em 2020, mas deverá aumentar para 7,5 em 2021, influenciado pela melhoria do mercado de trabalho e pela retirada dos fundos de pensão.
Da mesma forma, espera-se que as exportações mineiras, o pilar da economia do país, aumentem devido à crescente demanda da China e dos Estados Unidos, os dois principais parceiros comerciais do Chile.
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