Através de seu perfil no Twitter, Arce explicou que o PIB da Bolívia caiu 8% e, se isto continuar e não houver medidas corretivas, como vejo que não há, pode até cair para 11%, disse ele.
Em 2020, a economia boliviana experimentou seu crescimento mais lento em quase duas décadas no primeiro trimestre do ano, como confirmado pelo próprio governo de facto, liderado por Jeanine Áñez, uma das líderes do golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales em novembro de 2019.
Enquanto o grupo governante assegura que a crise se deve exclusivamente à queda de renda devido ao grande aumento das despesas emergentes da pandemia de Covid-19, Arce assegura que a verdadeira causa está na gestão mal orientada do governo, que causou uma inflação significativa.
Dias atrás, o político de 57 anos censurou Áñez que «a economia não é um jogo», numa clara alusão ao desempenho errático do governo golpista naquela pasta.
Também lembrou que durante o mandato do ex-presidente Evo Morales (2006-2019), durante o qual Arce serviu como Ministro da Economia, o país liderou «vários indicadores econômicos e sociais na região» da América Latina e do Caribe.
A Bolívia precisa recuperar o caminho da estabilidade e do crescimento econômico com justiça social, enfatizou.
Com Morales no poder, o PIB da Bolívia subiu de US$9,5 bilhões por ano para US$40,8 bilhões, segundo dados oficiais, em grande parte graças à nacionalização dos hidrocarbonetos, à industrialização do lítio e ao crescimento da indústria manufatureira.
Arce está na frente nas eleições gerais de 18 de outubro, e se for eleito presidente ele planeja um pacote de medidas para impulsionar a economia no curto prazo.
Temos um pacote de curto prazo que tem a ver com a industrialização das importações, soberania com segurança alimentar para promover a produção agrícola no leste, nas terras altas e nos vales», disse o candidato do MAS durante o debate presidencial há dois dias.
oda/yas/ bm