Essa política inclui a saída do Tratado de Armas Nucleares de médio e curto alcance, sanções unilaterais contra países desconfortáveis para Washington, guerras comerciais com a China e ações para aumentar a tensão no Oriente Médio, disse Lavrov.
Além disso, o Ocidente promove a abordagem da Organização do Tratado do Atlântico Norte em relação aos limites ocidentais deste país e restrições unilaterais, incluindo as aplicadas ao gasoduto Torrente Norte 2, apesar da oposição europeia, afirmou o ministro.
A Casa Branca também manipula a concessão de um visto para viagens de funcionários de outros estados à ONU, contra os compromissos assumidos na época pelo país do norte como sede desse órgão internacional, disse Lavrov em sua entrevista anual à imprensa.
A Rússia, por outro lado, busca relaxamento para evitar a escalada de conflitos e promove o diálogo com outras nações, disse o chefe da diplomacia russa.
Moscou mantém sua forte luta contra o terrorismo internacional, inclusive na Síria, país em que coopera no desenvolvimento de um processo político e soluções para problemas humanitários, ao mesmo tempo em que defende corrigir o erro de expulsar a Síria da Liga Árabe, disse ele.
Além disso, destacou a expansão dos laços da União Econômica da Eurásia (Rússia, Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão), com o Vietnã, Cingapura e Sérvia, com os quais foram assinados acordos de livre comércio e negociações para fazê-lo com o Irã, Turquia e Egito.
O ministro confirmou o bom desenvolvimento dos laços com a América Latina e a África, com cujas nações a primeira cúpula desse continente e a Rússia foi realizada em 2019, no resort de Sochi, no sul.
Lavrov considerou positivos os resultados da recente cúpula do Quarteto da Normandia (Rússia, França, Alemanha e Ucrânia) em Paris, apesar de achar que os acordos alcançados lá não devem ser deixados sozinhos nos jornais, como fez o ex-presidente Piotro Poroshenko na época.
A Rússia também se pronuncia por impedir a implantação de armas no cosmos e por uma luta coordenada contra crimes no ciberespaço e por estender a responsabilidade dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para preservar a estabilidade mundial.
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