A Alemanha está pronta para apoiar o estabelecimento de um novo centro de recepção de refugiados em Lesbos, disse o democrata-cristão.
Atenas expressou ideias, «as quais eu apoio muito», disse Merkel, acrescentando que, em sua opinião, as ações não deveriam mais ser tomadas apenas pela Grécia, mas também pela Europa.
Em qualquer caso, este seria um projeto piloto que deve ser considerado, disse o chefe de governo.
Por enquanto, a responsabilidade é da Grécia e deve haver um tratado que permita uma ação europeia nesta área, acrescentou.
Merkel disse que viu isso como um passo realmente importante em direção a uma «europeização» da política de migração.
Como um Estado da UE com fronteiras externas, a Grécia assumiu grandes responsabilidades, observou ela.
«É por isso que a Grécia também merece apoio», disse ela, propondo que seja organizada da forma mais europeia possível.
Merkel enfatizou que a Alemanha não poderia resolver a tarefa europeia de política de migração sozinha.
Como um «país forte», a República Federal da Alemanha poderia certamente dar uma «contribuição substancial» para isso, mas isso deve ser enquadrado em um conceito global, frisou.
Com esses comentários, Merkel aparentemente reagiu às demandas de seu parceiro de coalizão, o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD).
O chefe do partido, Saskia Esken, disse no domingo que um grande número de refugiados de quatro dígitos deve ser trazido para a Alemanha imediatamente.
O candidato do SPD a chanceler Olaf Scholz na terça-feira deu um ultimato à aliança conservadora de Merkel para que a coalizão do governo aceite em 48 horas mais refugiados do campo grego de Moria, que foi devastado por vários incêndios.
A impressão do Partido Social-democrata foi «que esta é a vontade comum dos três partidos governantes», comentou o político.
jcm/jcd/hcn/jcfl